Os alimentos ultraprocessados estão dominando as dietas globais e ameaçando nossa saúde. Em uma apresentação recente no Congresso Internacional sobre Obesidade (ICO 2024), o professor Carlos Monteiro, da Universidade de São Paulo, destacou os perigos desses alimentos, recomendando regulamentações similares às do tabaco, com rótulos de advertência e restrições de publicidade.
O que são Alimentos Ultraprocessados?
Os UPFs são formulações prontas para consumo, de longa duração e hiperpalatáveis, feitas com substâncias e aditivos derivados de alimentos, com pouco ou nenhum alimento integral.
Riscos para a Saúde
Os Alimentos Ultraprocessados estão associados ao aumento do risco de mais de 25 doenças crônicas, incluindo obesidade, diabetes tipo 2, hipertensão, doenças cardíacas, câncer e até problemas de saúde mental como depressão e ansiedade.
Alimentos Ultraprocessados no Mundo
Os Alimentos Ultraprocessados agora fornecem quase ou mais da metade das calorias em dietas de países desenvolvidos como Canadá (47%), EUA (60%) e Reino Unido (57%), com proporções menores, mas crescentes, em países como o Brasil (20%).
Recomendações para restringir o consumo de Alimentos Ultraprocessados
Proibição de Anúncios: Restrições fortes ou proibição total de publicidade de Alimentos Ultraprocessados.
Rótulos de Advertência: Introdução de avisos frontais nos produtos.
Proibição em Escolas e Unidades de Saúde: Alimentos Ultraprocessados não devem ser vendidos nesses locais.
Tributação Pesada: Taxar fortemente os Alimentos Ultraprocessados e usar a receita para subsidiar alimentos frescos.
Fonte: Apresentação ‘Alimentos ultraprocessados e a pandemia da obesidade: a tese e as evidências’, realizada no ICO 2024 e World Obesity Federation