Vários artigos científicos refletem isso. A própria revista Nature, em seu editorial de fevereiro de 2021, pediu mudanças: “O coronavírus está no ar: há muita ênfase nas superfícies”.
– 1. As máscaras de uso geral precisam ser eficazes. É preciso identificar e retirar do mercado as que não o são e enfatizar a necessidade de um bom encaixe no rosto. Uma máscara mal ajustada pode ter sua eficácia cortada pela metade. Em interiores compartilhados, incluindo, é claro, locais de trabalho, ela deve ser sempre usada, independentemente da distância entre as pessoas.
– 2. Atividades ao ar livre devem ser promovidas. Isso implica facilitar o uso de parques e jardins e ficar de olho em ‘falsos ambientes externos’, como terraços fechados.
– 3. Os espaços internos devem ser ventilados com ar externo contínua e suficientemente, usando ventilação natural ou mecânica.
– 4. O CO₂ interno deve ser medido para verificar a ventilação adequada. O CO₂ é emitido junto com os aerossóis quando respiramos, então é um bom indicador da quantidade de ar usado em um local.
– 5. Atenção especial deve ser dada aos centros educacionais, como escolas e universidades. São espaços com características que propiciam eventos de super contágio: muitas pessoas, muitas horas por dia e às vezes pouca ventilação.
– 6. Informação de qualidade é a melhor defesa. São necessárias mensagens claras sobre como o vírus é transmitido e como nos proteger. É fundamental que a população entenda a lógica das regras para adotar o comportamento ideal em cada situação.
Fonte: Adaptado de María Cruz Minguillón, que é cientista do Conselho Superior de Pesquisa Científica da Espanha.