O consumo de leite caiu nos últimos anos no Brasil e no mundo, de acordo com estimativas da ABLV. Entre os motivos estão aumento da inflação e do preço dos produtos, mudanças de comportamento, além da circulação de desinformação.
A comunidade médica e científica acompanha atentamente as alterações dos hábitos alimentares dos brasileiros. Sendo que exclusão de um grupo pode impactar na saúde dos indivíduos a curto e longo prazo.
Benefícios para a saúde
Seu consumo traz diversos benefícios, auxiliando no crescimento e estrutura óssea na infância e adolescência, diminuindo o risco de osteopenia (perda de massa nos ossos) e osteoporose, reduzindo o risco de doenças crônicas como diabetes e obesidade, de problemas cardiovasculares e auxiliando na prevenção de quadros de sarcopenia (perda progressiva de massa muscular) com o envelhecimento.
Quem deve tomar?
O consumo de leite de vaca é indicado para crianças a partir de um ano de idade (na impossibilidade do aleitamento materno) e ao longo de toda a vida. Ofertando proteína e cálcio para os seres humanos.
Um copo de leite contém, aproximadamente, 244 mg de cálcio e 6,4 g de proteína, o equivale a mais de 10% da ingestão diária recomendada dos dois nutrientes para todas as faixas etárias.
Qual a relação entre leite de vaca e inflamação?
Não existem até o momento evidências científicas de que o produto e seus derivados sejam “inflamatórios”.
Pelo contrário, diversos estudos indicam que a ingestão de laticínios pode melhorar biomarcadores inflamatórios em adultos.
Leite não inflama a não ser em casos de pessoas alérgicas à proteína do leite, que é uma parcela pequena da população.
A intolerância à lactose
O consumo do leite de vaca não está associado a maior risco de desenvolvimento de intolerância à lactose. Esse é um problema real, que tem tratamento, costuma aparecer na fase adulta e não exige a exclusão da categoria do cardápio do paciente com intolerância, havendo medicamentos que auxiliam no controle da intolerância.
Fontes: Adaptado do posicionamento da ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia) e SBAN (Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição).